O Pré-conceito

Como a própria palavra já diz o pré-conceito, sugere um julgamento prévio, ou seja, que vem antes do conceito em si, ou melhor dizendo, antes de uma aproximação de coisas ou pessoas, para que haja a oportunidade de um conhecimento de fato e só então, sujeitos a uma avaliação.

Vivemos em um mundo onde somos constantemente avaliados. É como se já viéssemos de fábrica com um rótulo de identificação, da mesma maneira que um produto numa prateleira de supermercado, julgados apenas pela aparência ou o modo de como nos apresentamos ao mundo. E quantas vezes não surpreendemos ou somos surpreendidos mesmo nessas ocasiões?

E o preconceito é assim, às vezes nos pega de surpresa, pois somos preconceituosos uns com os outros, até que um belo dia chega a nossa vez, e aí com certeza teremos outro peso para o julgamento, pois dessa vez estaremos do outro lado, sendo julgados e condenados à revelia.

Sabemos da existência dos diversos tipos de preconceitos, dentre eles o racial, orientação sexual, de gênero, classe social, religião, idade, e até mesmo pelo biotipo, como ser alto ou baixo demais, gordo ou magro e assim por diante...

Os prejuízos emocionais decorrentes são muitos, principalmente se pensarmos na fase da infância e adolescência, onde a personalidade ainda se encontra em formação.

Se a vítima em questão não obtiver a devida ajuda naquele determinado momento, e compreender o contexto no qual está inserido, poderá internalizar esses conceitos como uma verdade absoluta, e reproduzi-los ao longo de sua vida, sem esperança de resolução de seus conflitos pessoais.

É comum o aparecimento de doenças psicossomáticas, devido às emoções e sentimentos muito fortes, os quais as vítimas são submetidas muitas vezes, quase que diariamente. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais estão entre as que têm origem ou são agravadas pela tensão nervosa, além das emocionais propriamente ditas, como stress, depressão e síndrome do pânico.

Recorrer a cuidados especiais como a psicoterapia e até mesmo um tratamento medicamentoso, quando for o caso, é fundamental para a busca do equilíbrio emocional, e a reinserção social deste indivíduo, tendo em vista que a vítima de preconceito, tende a se isolar e se excluir dos meios sociais os quais faz parte, já que estes ao invés de trazer alegria e prazer, acabam por se tornar um lugar inóspito e assustador do qual é melhor não fazer parte!

Flaviana Silva

CRP 06/83028